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Encargos escondidos dos cartões de crédito

09 Jun 2010

Quando penso em cartões de crédito penso nos seguintes encargos: a anuidade e os juros que pago por usar o plafound sem o conseguir repor a tempo. Há cartões sem anuidade e supostamente sem encargos, onde por vezes até nos oferecem coisas para os subescrever, como máquinas de café ou vales de desconto. Eu tinha na ideia que um cartão desses, com os devidos cuidados, iria custar zero. Contudo, o leitor PAC num comentário ao artigo Como é que surgem as dívidas dos cartões de crédito? alertou para as comissões de imobilização. Aqui está o seu comentário:

Os bancos nunca perdem. Se emitem um cartão, então vão receber guito dele, seja como for.

1# Se usares muito pagas em juros.

2# Se não usares, acabas por pagar em anuidades e comissões de imobilizaçao.

O que é uma comissão de imobilizaçao? – o potencial credito que o cartão tem atribuido para uso do cliente não pode ser potencialmente atribuido para outros clientes, uma vez que a capacidade de credito de uma instituição bancaria é limitado. Logo, quando o banco atribui um cartão com um potencial credito a alguem, está a retirar esse credito do total de credito potencial do banco.

Se o cliente não usar esse potencial credito o banco não pode cobrar juros, mas pode cobrar comissão de imobilização (para além da anuidade).

Ou seja, no limite se um cliente tem um cartão com um potencial de crédito de 1000€ e num mês usa 200€, o banco pode cobrar juros sobre o crédito efectivo (200€) e pode cobrar comissão de imobilização sobre o crédito potencial (800€). Muito cartões têm em aberto a possibilidade do banco cobrar estas comissões, mas ainda não vi ser feito.

É preciso ler muito bem os contractos de créditos para evitar estas situções.

No meu caso, para controlar a falta de liquidez uso o overdraft – possibilidade de ter a conta a negativo até um valor identico ao do ordenado.

A diferença entre um overdraft e um cartão de credito é que o overdraft, por definição, só pode ser usado depois de se ter gasto o saldo possitivo e assim que for creditado dinheiro na conta, esse é logo usado para saldar a divida (por definição também).

Muito interessante de facto. Eu sinceramente não tenho cartão de crédito, mas mesmo que tivesse provavelmente não iria ler o contrato com tanta atenção. Portanto fica mais vez o aviso, nestas coisas das poupanças, investimentos e créditos, nunca sabemos tudo o que há para saber! Portanto o melhor é ter cuidado redobrado com o nosso orçamento familiar e fujir o máximo possível às dívidas.

 

Finanças

 
Etiqueta(s):creditos

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