Aproveitámos uns dias no campo para experimentar alguns trilhos presentes num folheto turístico que nos deram no Museu de Geodesia. Fomos dois casais e ainda o Newton, sem sabermos bem o que nos esperava. Não fez mal, já que a aventura também faz parte destes programas. Foram 7,5km que segundo os organizadores são de dificuldade baixa e se fazem em 2h50m.
Nós conseguimos fazer em 2h30 e com várias pausas pelo meio. Isto porque tanto as meninas como inclusivé o Newton se tiveram de esforçar e bem para completar o percurso. Principalmente o Newton, que volta meia volta se deitava à sombra a descansar e a recupear fôlego.
O trilho em si é muito bonito, passámos por várias zonas com paisagens muito bonitas, e também tivemos de passar por partes mais complicadas, com obstáculos e acidentes de percurso. Ainda conseguimos ver aquilo que nos pareceu uma ave de rapina do tamanho do meu braço a fugir de nós. Elas também viram muitos insectos, mas eles a mim não me chatearam.
No catálogo estavam umas cataratas muito bonitas, mas não demos com nada disso, foi o único ponto baixo do percurso, já que contávamos parar a meio para nos banharmos numa catarata perdida e natural.
Este trilho tem o nome de Caminho de Xisto porque passamos por várias zonas em que é só xisto. Aliás, a aldeia onde o trilho começa, Água Formosa, é praticamente toda construída com xisto.
Em termos de sinalização o trilho estava porreiro. Havia várias indicações, nas pedras, árvores, ou mesmo estacas próprias. Algumas já começavam a ficar escondidas pela vegetação, mas isso até que contribuia para a aventura, pois por vezes tinhamos de investigar um pouco para saber qual o caminho correcto.
Para primeira experiência foi muito bom, é um tipo de exercício que aprecio bastante. Apesar de não ter puxado quase nada por mim, respira-se muito ar puro e sabe muito bem estar assim em contacto com a natureza. Agora falta-me percorrer todos os restantes trilhos de Vila de Rei...