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Resumo das Férias nos Açores

25 Set 2010

Depois de 14 artigos sobre as férias nos Açores, está na hora de compactar tudo num resumo. Foram uma férias muito boas e penso que deixo no blog muitas recordações para mais tarde visitar.

Dia 1

Tivemos avião já tarde, e era uma das preocupações, pois tinha medo de chegar já de noite e de ter problemas de logística. Felizmente correu tudo bem, o avião não se atrasou e a viagem foi agradável. Foi a primeira vez que a minha mana andou de avião, e estava muito nervosa, como normal. Eu, já começo a ficar habituado e foi apenas mais uma viagem, até porque já consigo controlar facilmente a dor de ouvidos quando ando de avião.

Quando chegámos pedimos táxi para ir para a Pousada da Juventude. Gostei muito do alojamento, os quartos são simples, mas têm tudo o necessário. Os WC também são médios e até podemos ter acesso à cozinha. Direi que a relação preço-qualidade foi das melhores que já apanhei.

Após deixarmos as malas na pousada fomos dar uma volta a ver o que havia lá por perto. E a 5 minutos tinhamos o Centro Atlântico, um centro comercial com tudo o que temos por cá, inclusivé o modelo.

Dia 2

O dia seguinte começava logo de manhã, já que tinhamos de estar às 8 horas em ponto à porta da pousada para sermos apanhados por aquele que haveria de ser o nosso monitor de mergulho do Espírito Azul: o Nélio. Lá fomos com o fardo do equipamento às costas. Soubemos mais tarde que poderiamos deixar o equipamento nas instalações da Espírito Azul, o que foi espectacular para nós, pois poupou-nos imenso trabalho.

O primeiro mergulho foi à Baixa das Castanhetas.

De tarde não tinhamos nada programado, mas ficámos a saber que lá ao pé de Vila Franca do Campo havia o Ilhéu de Vila Franca do Campo. O Nélio aconselhou-nos a levar o snorkel, e nós lá levámos, sem saber bem para onde iamos.

Inesperadamente o ilhéu foi um dos pontos de interesse dos Açores de que mais gostei. Vi mais vida nesta pequena baía onde a água nos dava pela cintura, que em muitos mergulhos.

Dia 3

Este dia estava todo reservado para o mergulho. Tinhamos agendados dois mergulhos e fomos mergulhar ao Ilhéu Este e ao Ilhéu Oeste. Foi um dia complicado e muito cansativo porque apanhámos mar muito mau. Foi a primeira vez que vomitei, e ao final do dia estavamos todos KO.

No dia seguinte iamos ter folga de mergulho, e ainda aproveitámos de noite para ir experimentar o cinema, onde vimos os Expendables. Um filme de acção mindless. Também não iriamos conseguir consumir muito mais que isto.

Dia 4

Ainda meio zonzos do mergulho do dia anterior, este era o primeiro dia em que iamos à aventura conhecer a ilha. Após alguns atritos conseguimos um guia com camioneta para nos levar. Fomos visitar a Lagoa do Fogo, a Fábrica de Chá, a Fábrica de Cerâmica e a Caldeira velha.

Sem dúvida que foi um dia em cheio. Ao almoço fomos ter a primeira refeição regional, onde eu provei moreia frita. Aconselho!

Dia 5

Após o dia de descanso do mergulho, restáva-nos o último dia de mergulho onde iriamos ter os dois últimos mergulhos. Confesso que não estava com vontade nenhuma, depois da tareia que levámos no dia anterior de mergulho. Mas tivemos sorte que o mar esteve muito calmo, e acabou por ser mais um dia em cheio. Fomos mergulhar aos Cabeços do Ilhéu e à Baixa das Cracas.

Dia 6

Acabada a visita debaixo de água, restava conhecer os restantes pontos de interesse dos Açores. Neste dia eramos para ir ver a Lagoa das Sete Cidades, mas a caminho apanhámos muita chuva e mau tempo. Decidimos então dar a volta e visitar a parte nordeste da ilha. Fomos então às famosas furnas para comer o famoso cozido.

A viagem foi o mais chato, já que era relativamente longe, e sempre por estradas secundárias. Neste percurso parámos em vários miradouros. A certa altura já estavamos saturados de ver tantos miradouros...

Dia 7

Tinhamos agendado ir ver a Gruta do Carvão nesta manhã, e até fomos até lá. Mas nem os vinte minutos que passámos a andar convenceram a monitora a aceitar-nos. Aproveitámos então para ir visitar uma corveta da marinha Portuguesa, onde estava uma pessoa amiga, que nos fez visita guiada. De tarde lá arriscámos e fomos até à Lagoa das Sete Cidades. Tivemos sorte e conseguimos ver o que queriamos.

Dia 8

No último dia antes da partida, estavamos muito satisfeitos com a viagem. Já tinhamos percorrido a maior parte dos pontos de interesse, mas ainda nos faltava preencher um dia. Aproveitámos uma promoção da pousada e fomos ver baleias. Não vimos baleias mas vimos muitos golfinhos.

De tarde aproveitámos e finalmente conseguimos ir visitar a Gruta do Carvão.

Dia 9

No último dia sentiamos que voltávamos ao continente com dever cumprido. Já estava com aquele misto de querer mais e estar satisfeito, mas estar com saudades de casa. Este dia passámos por Ponta Delgada, a fazer tempo até chegar a hora de ir para o avião. Mais uma vez correu tudo bem e sem atrasos. A única queixa são os 9€ de táxi que pagámos tanto à ida como à vinda, para fazer menos de dois kilómetros.

No Final de Contas

Foi uma viagem à grande que valeu bem o dinheiro. Adorei ver os Açores e conhecer um pouco daquilo. De conhecer pessoas novas e estar em pontos tão lindos. O Nélio: nosso monitor de mergulho, que nos proporcionou momentos muito engraçados, o senhor das queijadas da vila com quem trocámos algumas conversas, que nos envergonhou ao dizer que com 60 anos mergulha a 30 metros apneia, e que chegou a mergulhar com Jacques Cousteau. As meninas da pousada sempre muito divertidas. Os pratos típicos, sempre cheios de pimenta da terra. Enfim, conhecemos locais e gente interessante. E isso vale sempre a pena.

Mas houve algo que não fizemos e que sinto que ficou a faltar. Algo que um dia que volte aos Açores terei de fazer, e isso são os seus trilhos pedestres. Melhor que estar a ver sítios lindos como a Lagoa do Fogo cá de cima, deve ser andar a passear no meio de toda aquela natureza. Ficámos todos desapontados por não termos tido oportunidade de o fazer, e ainda mais quando vimos alguns panfletos de trilhos brutais.

 

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