Trabalhar em casa tem muitas vantagens. Infelizmente há algumas desvantagens claras, nomeadamente devido à forma como as pessoas próximas vêm o nosso tempo. Parece-me que o que nós fazemos não é bem compreendido. E isso torna o nosso trabalho bem duro. Se temos companhia em casa é uma distracção porque passam o dia a fazer-nos perguntinhas. E se estamos concentrados e não podemos responder é porque estamos rabugentos. Elas chegam a casa e perguntam se apanhámos a roupa e fomos deitar o lixo fora, como se não tivessemos estado a trabalhar o dia todo.
A outra vertente é que como parece que temos tempo, podemos ir fazer uns recados ali e acolá. Basicamente estamos sempre disponíveis. Eu não vou mentir e dizer que não há tempos mortos. Aliás eu organizo-me o melhor possível para ter a maior quantidade de tempo livre possível. O problema é que o meu trabalho puxa muito pelo intelecto. Para ser produtivo preciso de imaginação e de uma mente ágil. A inspiração não anda cá sempre, e quando estou a produzir ser interrompido custa muito. E enerva-me.
O meu colega de armas Diogo escreveu no seu blog uma forma engraçada de transmitir às pessoas o custo que as interrupções nos trazem. Está aqui em inglês e vou traduzir o método:
- Juntar um número elevado de pequenas moedas (à volta de 100)
- Pedir para contar as moedas, em silêncio
- Quando a pessoa chegar a 79% interrompe-la por um minuto, perguntar algo completamente fora de contexto ou mostrar um video no facebook muito curtido
- Pedir para que a pessoa continue a contar