Com um fim de semana tão cansativo que incluiu o nosso casamento e
madrugar para ir apanhar o cruzeiro a Barcelona, ficámos muito agradecidos por ter a primeira manhã no cruzeiro livre. Só atracávamos de tarde, pelo que conseguimos dormir e recuperar as energias todas. Eu devo ter dormido umas 11h, o que é algo muito pouco comum em mim. Quando me levantei, fui tomar uma banhoca e depois já tinha uns sapatos de fato à porta. A minha mulher tinha-me trazido o fato mas esqueceu-se dos sapatos. Então a nossa camareira Janete pediu uns a um colega. Eram bem maiores que o meu pé mas pronto. Serviu.
Também tínhamos uma cartinha a dizer que o cartão de crédito foi recusado. Saímos para tomar o pequeno almoço e eu como de costume comi como um alarve. Mas não faz mal, tal é permitido pela
minha dieta. Depois lá fomos à receção ver o que se passava. Pedimos para tentarem de novo, já que sabia que tinha
plafound, mas a senhora disse que era melhor ligarmos para o banco porque às vezes eles barram transacções estrangeiras. Como ainda estávamos em alto mar, deixámos isso para de tarde quando chegássemos a Villefranche.
Voltámos ao camarote para vestir de gala. Isto porque tínhamos sido convidados para um
cocktail com o comandante. Todos em lua de mel e aniversário tinham sido. Eu lá vesti o fato, com os sapatos do outro, e naturalmente estava todo bonitão. Não me sentia confortável com um fato num cruzeiro mas lá fui. E a minha mulher também ia muito bonita. Quando lá chegámos... quantos tipos é que havia de fato e gravata? Um. Eu. Não voltei a vestir o fato o cruzeiro todo.
De tarde fomos visitar
Saint Paul de Vence, um pequeno povoado que parece a nossa Óbidos. É uma zona muito gira e ainda por cima com uma vista de respeito. Depois passámos por Nice onde visitámos o centro histórico e tivemos oportunidade para algum tempo livre. Aqui aproveitei para ir procurar pilhas. Tinha levado dois pares de pilhas recarregaveis do continente que tinha carregado antes de vir. Mas a máquina dizia que já estava quase em energia. Raio das pilhas do continente... Lá conseguimos encontrar num mercado onde também comprámos algo para comer. Depois demos um passeio por esta cidade francesa muito bonita. Também tinha uns
spots para alugar bicicletas onde por cerca de dois euros se podia usar uma bicicleta durante uma semana. Com vários postos destes, era possível usar a bicicleta como meio de transporte muito útil.
Também tive o prazer de passar pela
Côte d'Azure. Fiquei com imensa vontade de ir dar um mergulho naquelas águas. Soubesse eu que ia dar com isto, e teria dispensado Saint Paul de Vence e teria feito um misto por nossa conta entre Nice e estas praias. É o que dá não conhecer bem os sítios para onde se vai. Algures neste dia também decidimos que iríamos comprar ímanes de cada sítio onde estivessémos para colocar no frigorífico. Já temos uns quantos e achámos engraçado levar mais a sério esta coleção de ímanes dos sítios onde já estivemos.
Quando estavámos em Nice também aproveitámos para ligar para o banco para ver o que se passava com o cartão de crédito. Ao que parece, a transação estava em modo de autorização, pois as transações no estrangeiro precisam sempre de autorização. Autorização essa que demorava 5 dias úteis. Deveras útil. Pedimos para cancelar, mas para cancelar também era preciso mais cinco dias e só depois do resultado da autorização anterior. Quando chegámos ao barco pedimos para eles cancelarem e deram-nos um comprovativo em como não iriam descontar nada do cartão. Pagámos em dinheiro.
À noite fomos ao primeiro jantar
gourmet. Estava muito bom. Ainda tive de trocar a entrada com a minha mulher, mas de resto ambos gostámos muito. Claro que como é
gourmet, tive de me vingar no pão e queijo que também havia na mesa. Após o jantar caímos redondos na cama. O dia seguinte seria ainda mais pesado e tínhamos de madrugar.
