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Lua de Mel - Dia 4 - Roma

12 Jul 2011

O quarto dia do cruzeiro foi dedicado a Roma, la città eterna. Confesso que era o dia que eu mais ansiava, já que gosto muito da história romana. Ir ver o Coliseo seria o ponto alto do dia. Mas o certo é que não sabia de mais nada, não tinha ideia do que iríamos ver mais. Escolhemos a excursão roma monumental exatamente para ir ver o máximo possível, sendo que desta forma não iríamos ver nada do Vaticano. O dia começou bem cedo, tivemos de acordar às 6h da manhã. Desta vez fui prevenido com merenda e garrafas de água, para não passar sede como em Florença.

A viagem do porto em Civitavecchia até Roma ainda foi longa. O primeiro monumento que vimos foi logo esta pirâmide na foto acima. Nesta altura dirigíamo-nos às catacumbas e eu sinceramente não sabia o que esperar. Mas já estava equipado com um rádio e phones que deram para ouvirmos os guias, com a minha mochila pesada e com a máquina fotográfica sempre à mão.

Foi muito interessante ir ver as catacumbas, especialmente devido a um guia muito porreiro que explicou várias coisas. É que Roma tem cerca de 17 km de catacumba. É uma das razões porque é tão complicado fazerem metro por lá. Antigamente era um dever cívico de um romano ser enterrado. Mas eles tinham pouco espaço à superfície. Então começaram a escavar para baixo. Fomos visitar uma necrópole com cinco andares! Algo espantoso tendo em conta os recursos que eles tinham na altura. Como nota interessante, era normal ver os buracos para as sepulturas muito pequenos. O guia disse que quando vemos os filmes atuais de Roma e gladiadores, não temos noção que a altura média de um romano era 1m60. Outra coisa que nunca é retratada com realidade, é que sempre que vemos este tipo de túneis, o pessoal anda todo de tochas. Mas nestes casos o oxigénio é um bem muito precioso que não pode ser gasto daquela maneira.

O destino seguinte era o Colosseo. Cheio de gente por todos os lados, foi espantoso andar lá por pé. Claro que eu queria era ir lá dentro, mas segundo o programa da excursão não havia tempo para isso. Acho que foi aquela coisa que faltou neste dia. Ainda assim deu para tirar várias fotos e ainda ver lá algumas pessoas vestidas a rigor de romano para cobrar umas fotos. Nesta altura a guia contou uma coisa engraçada... disse ela que há uns temos um senhor dos states lhe perguntou onde é que eles guardavam os romanos antigos... pensava ele que eles tinham reservas como eles têm com os índios nos states...

Aqui acima vemos o forum romano, todo aos pedaços. Este forum é muito perto do coliseu. Nesta avenida havia também muitas estátuas. Como Florença tem catedrais, parece que Roma tem estátuas e monumentos.

Este monumento foi um dos mais giros e mais imponentes que visitei. Nunca tinha ouvido falar dele, também por ter um nome grande. É o il Monumento nazionale a Vittorio Emanuele II. Estava muito bem guardado e era proibido sentar nas escadas ou aproximar de certas estátuas. Impressionante.

O ponto seguinte foi a famosa Fontana di Trevi. Esta praça estava apinhada de gente e quase que tive de bater a uma velhinha para me aproximar da água. Contam as lendas que temos com a mão direita de atirar uma moeda pelo lado esquerdo do pescoço, de costas. Não importa a quantidade monetária. Se enviarmos uma moeda, é pedir para voltar um dia a esta fonte. Se mandarmos duas é para casar e três para divorciar. Nós mandámos uma. Esta zona é muito bonita, só é pena toda a confusão que se faz sentir.

Entretanto chega o tempo livre. Pegámos no mapa que nos deram e vimos que ali ao pé da fonte de Trevi estava o Pantheon. Confesso que não sabia bem qual era este monumento mas que me soava muito bem, pelo que demos corda aos sapatos e lá fomos à aventura por Roma. Na verdade o monumento não estava muito longe, entrámos e visitámos tudo com tempo de sobra.

Enquanto passeávamos pelas ruas de Roma o que não faltava era artistas de rua à procura de uns trocos. Um dos artistas era este rapaz que fazia quadros com tintas em spray. A minha mulher ficou apaixonada mas eu torci logo o nariz com o meu ar rabugento. A verdade é que depois me arrependi de não lhe ter trazido o quadro.

Andámos a passear de rua em rua, debaixo de um sol escaldante e o ponto de encontro era a praça da imagem anterior. Chegámos lá já completamente cansados e suados de tanto andar. Sentámo-nos a descansar enquanto esperávamos pela guia. É engraçado que adorei ver todos os monumentos de Roma, mas não gostei muito de Roma como cidade. É uma cidade caótica em termos de trânsito. Oiço sempre que os portugueses não têm civismo nem sabem conduzir, mas de todos as cidades estrangeiras onde já estive, os portugueses ficam a milhas! Tirando Frankfurt.

Na ida para o barco o motorista ainda fez o favor de passar pela Basilica di San Pietro, no Vaticano. É a maior catedral do mundo.

Foi um dia em cheio, ma se soubesse o que sei hoje não teria ido em excursão. Apesar de nos ter levado aos cantos principais e ter dado alguma cultura geral interessante, a excursão é muito limitativa. Temos de andar a uma velocidade mais baixa e depois não podemos investir no que queremos. Fosse hoje, teria feito Roma a su air, em que basicamente nos deixavam e apanhavam algures em Roma, e nós tínhamos palmilhado tudo a nosso gosto. Não iria faltar ver o Coliseu por dentro!

No final do dia, aquelas pilhas que comprei em Nice e que tinha colocado hoje já tinham acabado... raio de pilhas francesas! Voltei a colocar as pilhas do continente, que apesar de indicarem carga fraca há três dias, ainda funcionava.

 

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