Sempre tive vontade de ir
dar sangue. Confesso que nunca tinha ido mais por comodismo. Se eles aparecessem aqui à porta de casa ou no trabalho para dar sangue era logo. Mas ter de me deslocar a algum lado para dar sangue fez com que a minha veia preguiçosa viesse ao de cima.
Eis que fui então ao hospital da Amadora para dar sangue. Fizeram-me ler um pequeno dossier informativo e preencher um inquérito para averiguar a minha situação clínica. Depois ainda tive de ir ter com uma médica que me voltou a fazer todas as perguntas novamente. Perguntou-me se eu tinha comido, e eu disse que tinha lido que se devia comer uma refeição ligeira e portanto comi umas bolachinhas. Errado! Refeição ligeira para eles inclui pão e leite, pelo que me deu logo a senha de comida de dador para ir ao bar. No bar, tinha muito por onde escolher, mas fiquei-me por dois mega
croissants com creme e um compal.
Depois voltei, sentaram-me numa cadeira toda janota, enfiaram-me a agulha e fiquei lá uns 10m a ver o programa da manhã. Durante a retirada do sangue sentia a mão um pouco dormente, mas fora isso não tive qualquer fraqueza, desconforto ou dor. Agora é ver se começo a fazer isto pelo menos duas vezes por ano.