No fim de semana passado tive uma grande aventura a vir de bicicleta desde Olhalvo até à Póvoa de Santo Adrião. A situação proporcionou-se porque quando fomos para o retiro espiritual não tivemos condições para fazer o percurso BTT que o Nuno tinha montado e as bicicletas acabaram por ficar por lá. Então decidimos ir lá um dia para as buscar e finalmente fazer o percurso. Chegámos lá e tivemos de tentar arranjar a bicicleta do Jorginho, que tinha o carreto solto. Não conseguimos. Então o Nuno arranjou uma roda traseira de uma bicicleta velha e lá foi o Jorge com uma roda da frente grossa e uma de trás fininha e cheia de teias de aranha. A corrente ainda lhe saltou algumas vezes, mas fora isso foi pacífico. Depois quando íamos a partir detetámos um problema na bicicleta do Nuno. Ele tinha uma peça toda torta, não sabemos porquê. Ainda a conseguiu endireitar mas depois enquanto a montava fez tanta força que a partir. Infelizmente tivemos de deixar o nosso amigo para trás.
O percurso inicial foi um espetáculo. Andar pelos caminhos no meio das vinhas proporcionava uma paisagem muito bonita. Íamos tendo era algumas problemas de orientação, quer porque não sabíamos mexer bem no GPS, quer porque o nosso amigo Nuno marcou um trajetos por cima de vinhas, por cima de casas, por cima de linhas de comboio...
Mas nada de mais. A viagem até estava a correr muito suavemente até chegarmos a uma zona cheia de lama. Eu nunca vi lama assim, em tanta quantidade e tão grossa. Sujámos as bikes todas e ainda houve direito a algumas quedas. Mas um pouco mais tarde tivemos oportunidade de limpar as bikes, já que tivemos de atravessar um pequeno rio. Eu e o Tiago fomos calçados e molhámos os pés, mas o Jorge deu-se ao trabalho de se descalçar.
A seguir às dificuldades de piso veio a primeira dificuldade física, quando tivemos de fazer uma subida enorme. Foi 1km com média de 10% de inclinação. Nesta altura começávamos a ficar preocupados com o tempo. O arranjo das bicicletas tinha-nos feito começar muito tarde e por esta altura só tínhamos 1/3 do percurso feito e só já tínhamos 3h de luz. Fomos andando até ao Sobral de Monte Agraço, até passámos mesmo ao lado da minha quinta do casamento, e nessa altura parámos para fazer um ponto de situação. Decidimos que era melhor abandonar o trilho e seguir por estrada diretamente. Fomos diretos a Vila Franca de Xira mas pelos lados de Arruda dos Vinhos o Tiago sugeriu rumarmos a Loures, que era mais perto. Lá fomos, e logo de início tivemos a segunda grande subida. Foram 6 km sempre a subir. A certa de 70% da subida deu-me uma caimbrã brutal e tive de parar e levar um pouco a bicicleta a pé e descansar. Nessa altura já começava a pensar que teria de pedir à minha mulher para me ir buscar.
Queríamos fazer o caminho azul mas acabámos por fazer o vermelho.
Lá continuámos, sempre meio perdidos, e o frio começou a dar sinal de vida. Já só tínhamos 1h de luz e os nossos corpos já começavam a render-se ao cansaço. Muito a custo conseguimos chegar a uma pastelaria perto do Nuno e ele foi lá pagar-nos um bolo. Já estávamos mesmo necessitados.
Foram 66 km muito duros em que penso que fomos especialmente vencidos por falta de alimentação e de bebida. Pensávamos que seria uma voltinha de 3h ou 4h mas revelou-se muito mais e a verdade é que as 4 barritas que comemos não serviram. No final da viagem o meu frequencímetro marcava 4400 calorias gastas.
Outra coisa que não correu muito bem foi a experiência com a Go PRO Hero 2 que recebi no natal. Primeiro porque se começou a gerar humidade na lente, o que fez com que todos os vídeos ficassem com má qualidade. Penso que deve ter sido de não a ter limpo bem quando a lavei depois de a experimentar no aquário. Mas já vi na net como combater este problema. Outra coisa chata foi que tinha o vídeo na qualidade máxima e só deu cerca de 25 min, sendo que a maior parte deles não foi bem aproveitada. Gravámos muitas coisas pouco interessantes e quando era mesmo preciso já não havia bateria. Ainda assim deu para fazer um vídeo:
Foi uma grande aventura, sem dúvida. Para a próxima vamos mais preparados e dessa vez temos mesmo de ir todos!
Ver também o relato do Tiago.
No fim de semana passado tive uma grande aventura a vir de bicicleta desde Olhalvo até à Póvoa de Santo Adrião. A situação proporcionou-se porque quando fomos para o retiro espiritual não tivemos condições para fazer o percurso BTT que o Nuno tinha montado e as bicicletas acabaram por ficar por lá. Então decidimos ir lá um dia para as buscar e finalmente fazer o percurso. Chegámos lá e tivemos de tentar arranjar a bicicleta do Jorginho, que tinha o carreto solto. Não conseguimos. Então o Nuno arranjou uma roda traseira de uma bicicleta velha e lá foi o Jorge com uma roda da frente grossa e uma de trás fininha e cheia de teias de aranha. A corrente ainda lhe saltou algumas vezes, mas fora isso foi pacífico. Depois quando íamos a partir detetámos um problema na bicicleta do Nuno. Ele tinha uma peça toda torta, não sabemos porquê. Ainda a conseguiu endireitar mas depois enquanto a montava fez tanta força que a partir. Infelizmente tivemos de deixar o nosso amigo para trás.
O percurso inicial foi um espetáculo. Andar pelos caminhos no meio das vinhas proporcionava uma paisagem muito bonita. Íamos tendo era algumas problemas de orientação, quer porque não sabíamos mexer bem no GPS, quer porque o nosso amigo Nuno marcou um trajetos por cima de vinhas, por cima de casas, por cima de linhas de comboio...
Mas nada de mais. A viagem até estava a correr muito suavemente até chegarmos a uma zona cheia de lama. Eu nunca vi lama assim, em tanta quantidade e tão grossa. Sujámos as bikes todas e ainda houve direito a algumas quedas. Mas um pouco mais tarde tivemos oportunidade de limpar as bikes, já que tivemos de atravessar um pequeno rio. Eu e o Tiago fomos calçados e molhámos os pés, mas o Jorge deu-se ao trabalho de se descalçar.
A seguir às dificuldades de piso veio a primeira dificuldade física, quando tivemos de fazer uma subida enorme. Foi 1km com média de 10% de inclinação. Nesta altura começávamos a ficar preocupados com o tempo. O arranjo das bicicletas tinha-nos feito começar muito tarde e por esta altura só tínhamos 1/3 do percurso feito e só já tínhamos 3h de luz. Fomos andando até ao Sobral de Monte Agraço, até passámos mesmo ao lado da minha quinta do casamento, e nessa altura parámos para fazer um ponto de situação. Decidimos que era melhor abandonar o trilho e seguir por estrada diretamente. Fomos diretos a Vila Franca de Xira mas pelos lados de Arruda dos Vinhos o Tiago sugeriu rumarmos a Loures, que era mais perto. Lá fomos, e logo de início tivemos a segunda grande subida. Foram 6 km sempre a subir. A certa de 70% da subida deu-me uma caimbrã brutal e tive de parar e levar um pouco a bicicleta a pé e descansar. Nessa altura já começava a pensar que teria de pedir à minha mulher para me ir buscar.
Queríamos fazer o caminho azul mas acabámos por fazer o vermelho.
Lá continuámos, sempre meio perdidos, e o frio começou a dar sinal de vida. Já só tínhamos 1h de luz e os nossos corpos já começavam a render-se ao cansaço. Muito a custo conseguimos chegar a uma pastelaria perto do Nuno e ele foi lá pagar-nos um bolo. Já estávamos mesmo necessitados.
Foram 66 km muito duros em que penso que fomos especialmente vencidos por falta de alimentação e de bebida. Pensávamos que seria uma voltinha de 3h ou 4h mas revelou-se muito mais e a verdade é que as 4 barritas que comemos não serviram. No final da viagem o meu frequencímetro marcava 4400 calorias gastas.
Outra coisa que não correu muito bem foi a experiência com a Go PRO Hero 2 que recebi no natal. Primeiro porque se começou a gerar humidade na lente, o que fez com que todos os vídeos ficassem com má qualidade. Penso que deve ter sido de não a ter limpo bem quando a lavei depois de a experimentar no aquário. Mas já vi na net como combater este problema. Outra coisa chata foi que tinha o vídeo na qualidade máxima e só deu cerca de 25 min, sendo que a maior parte deles não foi bem aproveitada. Gravámos muitas coisas pouco interessantes e quando era mesmo preciso já não havia bateria. Ainda assim deu para fazer um vídeo:
Foi uma grande aventura, sem dúvida. Para a próxima vamos mais preparados e dessa vez temos mesmo de ir todos!
Ver também o relato do Tiago.