No seguimento do meu artigo em que refilava por os bancos não terem proactividade em transformar em contas ordenado as contas dos clientes que efectivamente lá recebem o ordenado, houve um colega de trabalho que me alertou para outra situação: os seguros de vida relacionados com crédito habitação.
Como é que isto funciona? Quando compramos casa somos obrigados a fazer um seguro de vida que assegura que em caso de morte a casa é paga ao banco. Desta forma o banco tem menos risco no empréstimo e para isso só temos de pagar mais uma mensalidade. Acontece que essa mensalidade (ou anuidade, como preferirem) é calculada tendo em conta o preço da casa. Imaginamos que eu compro uma cada de 100k, e o seguro era 50€.
O que acontece é que daqui a 10 anos, eu só vou estar a dever 50k, mas estou a pagar à mesma o valor de seguro referente aos originais 100k. Entrou este ano uma lei que obriga os bancos a ajustar o valor do seguro a cada revisão da prestação da casa. A questão é: os bancos fazem isso? Ou será que é preciso ir ao gestor de conta para os lembrar de o fazer?
Pelo sim pelo não mais vale prevenir e ir ao banco esclarecer este assunto.
Adenda: Fui alertado que há outra variável importante nesta equação do cálculo do seguro: o risco de morte. Ou seja, quanto mais velhos ficamos, mais risco de morrer temos, logo o seguro aumenta. Isto é especialmente importante em pessoas com crédito habitação prazo longo e que amortizem pouco. Quando menos amortizam e mais envelhecem, mais a mensalidade do seguro de vida sobe.